terça-feira, 7 de agosto de 2012

A VIDA DE SANTA BERNADETTE SOUBIROUS

1ª PARTE - A INFÂNCIA POBRE


No domingo 7 de janeiro de 1844, dia imediato a Epifania, em Lourdes, no moinho de Boly junto ao riacho Lapaca, nascia uma menina que dois dias mais tarde seria batizada com o nome de Marie Bernarde, sendo a primogênita do casal François Soubirous e Louise Casterot.
Infelizmente grandes reveses viriam a perturbar a tranquilidade dos Soubirous, devido a grande bondade do casal sofreram muitos calotes de pessoas mal intencionadas, porque nenhum dos dois sabia escrever. Também o moinho concorreu para a penúria dos Soubirous que imaginavam quando da morte da avó Casterot, se tornariam seus proprietários, porém a digna viúva era apenas arrendatária, o velho moinho já muito gasto, aos poucos tornava-se imprestável. A freguesia ia escassando pois a farinha do outrora afamado moinho de Boly, já não tinha mais a mesma alvura. Os negócios iam muito mal.
Bernadete contava apenas dez meses, quando certa noite, sua mãe que esperava para breve outra criança, sentada à lareira teve o seio queimado por uma vela acesa que caiu sob ambas, impossibilitando a amamentação, o que fez com que a senhora  a entregasse para uma dama de leite, ao preço de 5 francos por mês. Nasceu então Jean Soubirous o segundo filho do casal, que após dois meses partiu para o céu, fazendo a Senhora  trazer a filha Bernadette de volta.
A menina era de saúde frágil e quando a cólera assolou os bairros de Lordes em 1855 a menina quase sucumbiu ao terrível mal. Nessa mesma época, a família agora com quatro filhos, viu-se obrigada a mudar novamente, pois com a morte da avó Casterot, coube-lhes apenas 900 francos que foram totalmente investidos para a compra de um moinho novo. A família teve que se instalar em uma cabana, combinaram que Luisa ajudaria nos trabalhos do campo, enquanto Francisco cuidaria sozinho do moinho, cuja maquinaria era das mais primitivas e de fraca produção.
As tosses constantes de Bernadette já indicava o que mais tarde se tornaria um grande sacrifício em sua vida a asma.
Apesar de todo sacrifício do Sr Soubirous para manter a família, foi em vão e em 1856 se depararam com a falência e a miséria. Restando-lhes apenas um último abrigo por quantia mínima, um fétido e úmido cubículo, onde fora a prisão da cidade, os quais os habitantes de Lourdes haviam batizado de: “o calabouço”.
A sra Luisa então solicita ajuda a ama de leite, que ainda nutre muito carinho pela menina Bernadette e esta lhe consegue um serviço na granja de seu marido em troca de alguns trocados para o pão. Também se encarregou de procurar escola para ela, pois devido as dificuldades dos pais de se estabelecerem em um local, a pobrezinha apesar de já contar com mais de dez anos, não havia frequentado escola e ainda precisaria que lhe ensinassem o catecismo.
A menina, agora empolgada com o ensino, vê-se de frente ao seu mais novo desafio, aprender a leitura e o catecismo que era para ela por demais complicado, mas percebendo o persistente interesse, o marido de sua ama de leite, oferece mais um ofício a Bernadette a de pastorinha de suas ovelhas.

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