Evangelho segundo S. Marcos 7,31-37.
Naquele
tempo, Jesus deixou de novo a região de Tiro, veio por Sídon para o mar da
Galileia, atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-lhe um surdo tartamudo e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele.
Afastando-se com ele da multidão, Jesus meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua.
Erguendo depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «abre-te.»
Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se a prisão da língua e falava correctamente.
Jesus mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais lho recomendava, mais eles o apregoavam.
No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos.»
Trouxeram-lhe um surdo tartamudo e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele.
Afastando-se com ele da multidão, Jesus meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua.
Erguendo depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «abre-te.»
Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se a prisão da língua e falava correctamente.
Jesus mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais lho recomendava, mais eles o apregoavam.
No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por : Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão 49, 1º para o 12º domingo depois da Trindade
Temos de examinar de perto o que torna um homem surdo. Por ter escutado as
insinuações do inimigo, por ter ouvido as suas palavras, o primeiro casal dos
nossos antepassados foi o primeiro a ficar surdo. E nós também, a seguir a
eles, de modo que já não conseguimos ouvir ou compreender as inspirações
amorosas do Verbo Eterno. E, no entanto, sabemos bem que o Verbo Eterno está
no fundo do nosso ser, mais inefavelmente perto de nós e em nós do que o nosso
próprio ser, na nossa própria natureza, nos nossos pensamentos; nada do que
podemos nomear, dizer ou compreender está tão perto de nós e nos está tão
intimamente presente como o Verbo Eterno. E o Verbo fala sem cessar no homem.
Mas o homem não consegue ouvir, devido à grande surdez que o aflige. [...] Do
mesmo modo, foi de tal maneira atingido nas suas outras faculdades que também
se tornou mudo e já não se conhece a si próprio. Se quisesse falar do seu
interior, não conseguiria fazê-lo, pois não sabe qual é a sua situação e não
reconhece o seu próprio modo de ser. [...]
O que é então esse murmurar incomodativo do inimigo? É toda a desordem cujo reflexo ele te mostra e te persuade a aceitar, servindo-se do amor ou da procura das coisas criadas, deste mundo e de tudo o que lhe está ligado: bens, honrarias, até mesmo amigos e pais, até a tua própria natureza, resumindo, tudo o que te traz o gosto dos bens deste mundo decaído. É disso tudo que é composto o seu murmurar. [...]
Então vem Nosso Senhor: mete o Seu dedo sagrado no ouvido do homem, aplica-lhe saliva na língua, permitindo-lhe recuperar a palavra.
Fonte: Evangelho Quotidiano - EAQ
O que é então esse murmurar incomodativo do inimigo? É toda a desordem cujo reflexo ele te mostra e te persuade a aceitar, servindo-se do amor ou da procura das coisas criadas, deste mundo e de tudo o que lhe está ligado: bens, honrarias, até mesmo amigos e pais, até a tua própria natureza, resumindo, tudo o que te traz o gosto dos bens deste mundo decaído. É disso tudo que é composto o seu murmurar. [...]
Então vem Nosso Senhor: mete o Seu dedo sagrado no ouvido do homem, aplica-lhe saliva na língua, permitindo-lhe recuperar a palavra.
Fonte: Evangelho Quotidiano - EAQ
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